sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sopa da pedra... sem enchidos!

Estamos de abalada... era necessário dar uma limpeza no frigorífico e na despensa. Logo de manhã pus a cozer um bocadinho de carne de porco com pouca gordura, com os feijões vermelhos demolhados de véspera, cebola picada, alho esmagado, rodelinhas de alho francês, 1 cabeça de nabo aos cubinhos, batata aos pedacinhos, couve aos bocados e salsa picada. Temperei com sal, 1 fio de azeite, 1 pitada de cominhos e 1 fl de louro. Em lume brando deixei cozinhar até à hora do almoço. Mostro aqui o resultado a que chamei sopa da pedra, mas na verdade não é bem essa! Faltaram-lhe os enchidos que sabem bem, mas fazem mal... e, felizmente, eu também não os tinha em casa! 
 E como a sopa já tinha carne, não houve 2º. prato, 
mas da refeição constou o resto que mostro:
 Até os pêssegos foram os últimos.
Amanhã viajamos para S. Miguel, de visita à minha mãe e irmão. Mas não me desejem boas férias, não! Vou em missão, como sempre: dar apoio aos meus dois velhinhos doentes, que não querem deixar a casa dos Açores!... E eu não posso ir para lá viver! De vez em quando lá vou eu...  e há até quem pense que me vou divertir imenso! Não! Venho de lá sempre cheia de preocupações e muito triste. 
Mas irei tirar fotografias que vos mostrarei depois aqui.
UM ABRAÇO

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Casaco de tricô para bebé (tam.3 -6 meses) com PAP

Hoje mostro-vos o meu último trabalho: um casaco lindo!
E já o estou a gabar porque ficou realmente isso!!!...
Uma amiga, de quem gosto muito, enviou-me foto e explicações
deste modelo, mas introduzi-lhe umas ligeiras alterações, 
tendo, no entanto, a preocupação de não o adulterar.
De seguida mostro as várias fases por que foi passando,
com explicação de pontos e dicas.
O casaco nasceu assim:

Este é o segredo dos modelos que começam por baixo:
as duas aberturas para poderem ser intercaladas as mangas.
Nas fotos seguintes mostro a manga.
Espero estar a elucidar bem este passo-a-passo.
E eis que o terminei.
Como não tinha em casa fita de seda para o laço,
fiz este cordão que poderá ser substituído pela mãe do bebé.
A seguir mostro os apontamentos com que fico em arquivo.
 Faço sempre isto... espero que vos sirva também de ajuda!
 Entretanto no fim de semana fiz as botinhas, 
mas reduzi num ponto o motivo.
Depois de tricotar o 1º. motivo do casaco
já sabemos a lengalenga de cor! Então já sabemos como se fazem
aumentos ou diminuições no mesmo. 
 E aqui o pormenor final.
 Espero ter conseguido explicar bem este modelo muito antigo
generosamente enviado pela minha boa amiga, 
que me estimulou a fazer uma obra deste calibre!...
Há muitos anos eu aventurava-me sozinha em modelos difíceis,
copiava modelos sem receita, sob orientação da minha mãe,
inventava modelos e com eles vestia as minhas bonecas,
gostava de desvendar os segredos dos tricôs e dos crochés,
descobria os erros nas revistas sobre a matéria!...
Hoje estou menos aventureira, mas este foi um excelente desafio.
De início pensei em não o seguir,
por saber que o modelo trazia um segredo,
mas a minha amiga fez-me rejuvenescer ao aliciar-me
com este bonito modelo.
OBRIGADA, AMIGA!!!

UM ABRAÇO




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ainda as papas laberças... e mais umas coisinhas!...

Fico espantada comigo... confesso!
Então eu, que sou açoriana, nascida em Ponta Delgada,
na linda ilha de S. Miguel... é que dou a conhecer aqui 
as papas laberças... originárias da Beira Alta?!...
O meu pai nasceu na cidade da Guarda, foi para S. Miguel 
muito pequeno, eu não conheci a minha avó paterna, 
mas gosto de cozinhar, como ela. 
E como a minha mãe nos criou com comida ótima,
sinto que herdei esse gosto de ambos os lados.
E a propósito quero mostrar-vos esta foto:
Aprecio boa comida e a portuguesa é a melhor, sem dúvida!
Mas gosto de experimentar sabores diferentes. 
Como já estive em muitos lugares nos 5 continentes, 
faço, às vezes, pratos exóticos.
É raro seguir uma receita à risca... e, pelos vistos,
a minha avó também, pois fazia as papas laberças
com couves e não com nabiças!
Fui para a net e indico-vos o que encontrei
 AQUI e AQUI,
cuja leitura esclarecerá os mais interessados na nossa
tradição gastronómica.
Se era comida de pobres ou de ricos... que importa?
Sei é que estas papas acompanham muito bem peixe frito
e também se comem com carne, como li.
Hoje experimentei com cebola, alho, tomate e
resto de carne estufada, depois juntei a couve de por fim
a farinha de milho amarelo. Fiz assim:
 Fiquei espantada comigo, sim! E também contente 
por dar a conhecer coisas que, afinal, nem todos conhecem
por serem tão antigas.

E se eu lhes disser que tenho o 1º. automóvel do meu pai!
Está a restaurar, o meu MORRIS MINOR de 1931...
UM ABRAÇO

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Papas laberças

A minha ascendência paterna é oriunda da cidade Guarda.
A minha avó, que eu não cheguei a conhecer,
 cozinhava muito bem e dela ainda tenho um livro de receitas.
A minha mãe, que conviveu com a minha avó, aprendeu algumas 
que depois me transmitiu. 
O prato que hoje mostro, da  Beira Alta,
foi ensinado pela minha avó à minha mãe
É muito simples e é um dos que às vezes faço, 
porque gosto muito de tudo o que leva milho.
Na foto seguinte o prato é pequenino... e depois de rapar o tacho
eu tinha de saber se estaria bom de tempero!...
Estava!!!
Aqui vai a receita, só para quem gosta:
 cozi couves migadas para caldo verde, com uma pitada
de sal e um fio de azeite.
Num pouco de água fria desfiz umas 4 colheres de sopa de 
farinha de milho de moagem não muito fina (esta é dos Açores)...
 ... e juntei, mexendo sempre, à couve já cozida.
 Continuei a mexer até a farinha cozer, formando uma papa assim:
 Untei com azeite um recipiente largo e verti as papas, 
alisando com o garfo.
 E estavam prontas! 
 Comem-se frias, ou poderão aquecer-se numa frigideira.
Claro que eu não resisti e ainda as provei morninhas!
Este é um bom acompanhamento de peixe.
Neste caso foi cavala escalada em papelote,
que mostrarei depois.
Cá em casa todos gostam, e acaba por ser uma alternativa
 ao arroz, massa ou batatas.

Ah! E este post traz um bónus:
o picô feito por mim num pedacinho de linho muito antigo 
fiado pelas tias do meu marido, em Trás-os Montes.
Também é fácil.
UM ABRAÇO

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O meu molotof de hoje!

   Hoje a minha filha mais nova faz 36 anos
e esta é a sobremesa da sua preferência.
Até diz que o meu pudim molotof é o melhor de todos!...
Não será o caso de hoje!!!...
Mas como eu costumo dizer e quase sempre me acontece...
quando quero apresentar o meu "melhor"... sai o meu
assim assim... quando não sai mesmo uma desgracinha!!!...
Como quase sempre, faço a receita a olho.
Ligo o forno a 180º, ponho ao lume um pouco de açúcar 
com um pouco de água a fazer ponto queimado.
Entretanto bato as claras e quando começam a fazer bolhas
vou sacudindo o açúcar diretamente do pacote para as mesmas,
batendo sempre até tudo ficar assim:
 Aqui o açúcar a fazer ponto:
 Nesta fase é preciso cuidado: não deixar queimar muito o açúcar,
mas este até ficou de menos... com a preocupação das fotos!
É que, de repente, o açúcar queima e fica amargo,
não se podendo usar.
 Este ficou loirinho e havia de ter ficado mais ruivo!
 Após 5 minutos de cozedura, desligo, abro a porta do forno
e deixo arrefecer o pudim naturalmente, dentro da forma.
Só depois de frio o volto para o prato.
E é assim que a Raquel gosta: sem molho, sem mais nada.
Agora não sei o que fazer ao colesterol daquelas gemas!
Às vezes faço fios de ovos (fios?...rsrsrs... serão mais cordas!)
Ainda vou pensar!!!...
"A mãe já tem feito melhor!"... talvez ouça!
Mas como é dia de festa a aniversariante vai comer caladinha,
como a mamã dela ensinou!
UM ABRAÇO
Ah!... e de manhã ainda pintei esta porta que estava
a precisar de tapar as misérias!...
Ainda está a secar para depois levar as cortinas dos vidros.