Quero agradecer a todas as pessoas que têm deixado comentários tão simpáticos e encorajadores aqui no meu blog.
Amanhã partirei para Ponta Delgada para visitar a minha Mãe, Irmão, Primos e Amigos.
Ficarei desta vez 23 dias aqui nesta casa que fica numa rua daquela cidade... onde fui fazer os meus 8 anos de idade. Morei lá até vir para Coimbra, em 1966, e lá passei anos muito felizes.
Nessa altura éramos 6: os pais, 3 rapazes e a "menina"... mas à mesa raramente se sentavam só esses! Apareciam as tias, primos, a costureira que ia habitualmente à 6ª feira para costurar as roupas seguindo os moldes da BURDA, uma amiga da minha avó paterna que fazia umas excelentes malassadas...
E era aqui nesta garagem que fazíamos os tais assaltos no Carnaval... já referidos neste blog.
Era aqui que o meu Pai entrava no meu quarto todas as manhãs, para dar os bons dias com beijinhos na sua "menina"...
Era aqui que a minha Mãe me vinha trazer, ao cimo das escadas, um copo de leite com TODDY, que eu bebia em poucos goles, antes de ir para o Liceu...
Era aqui que eu, tantas vezes, de regresso das aulas, tinha à minha espera um copo de cevada morninha e umas deliciosas fatias douradas feitas pela Maria, nossa fiel empregada de tantos anos... porque a "menina" era muito biqueira para comer... mas comia muito bem esse lanche!...
Era aqui que vinha, uma vez por semana, a professora de piano Senhora D. Idalina Garcia, para ensinar a arte à "menina" que tinha de ser prendada!...
E era aqui que o Papá se sentava a ouvir-me tocar, fazendo-me repetir até não me enganar ...
Era aqui que, na ampla sala do rés-do-chão, se reuniam, especialmente nas férias grandes, os meus irmãos e os amigos para os campeonatos de bridge, king e crapô...
E foi aqui que assistimos à primeira experiência do som estereofónico proveniente dos discos de 33 rotações, que nos chegava aos ouvidos através das enormes colunas de madeira forradas de pano e estrategicamente colocadas em 2 cantos opostos da sala...
Foi aqui que, tantas vezes o aspirante miliciano Correia, amigo do meu irmão, bateu à porta para cumprimentar a família do colega, jogar crapô comigo... sempre sob o olhar atento da Mamã... e levar emprestados livros da bem apetrechada biblioteca do dono da casa...
Um dia esse amigo bateu à porta e a minha Mãe perguntou à Maria quem era, ao que esta respondeu: é o genro da senhora!... nem sonhávamos que iria ser!
Foi aqui que esse amigo, meu marido, esteve na véspera do dia em que o meu Pai morreu. Nessa tarde a minha Mãe levou-lhes um chá e, ao ver o amigo sentado ao lado da cama onde o meu pai já estava doente há dias, teve um palpite que esse amigo iria ficar na Família... e ficou!... Só o meu Pai já não teve conhecimento disso, pois faleceu no dia seguinte, com uma pancreatite aguda.
Desta vez irei estar com a minha Mãe no dia do seu 94º aniversário, a 30 de setembro.
É aqui que fico quando vou visitar os últimos 2 dos 6 que éramos!
Até breve... e não deixem de me visitar!
Abraço-vos com muito carinho.
Amanhã partirei para Ponta Delgada para visitar a minha Mãe, Irmão, Primos e Amigos.
Ficarei desta vez 23 dias aqui nesta casa que fica numa rua daquela cidade... onde fui fazer os meus 8 anos de idade. Morei lá até vir para Coimbra, em 1966, e lá passei anos muito felizes.
Nessa altura éramos 6: os pais, 3 rapazes e a "menina"... mas à mesa raramente se sentavam só esses! Apareciam as tias, primos, a costureira que ia habitualmente à 6ª feira para costurar as roupas seguindo os moldes da BURDA, uma amiga da minha avó paterna que fazia umas excelentes malassadas...
E era aqui nesta garagem que fazíamos os tais assaltos no Carnaval... já referidos neste blog.
Era aqui que o meu Pai entrava no meu quarto todas as manhãs, para dar os bons dias com beijinhos na sua "menina"...
Era aqui que a minha Mãe me vinha trazer, ao cimo das escadas, um copo de leite com TODDY, que eu bebia em poucos goles, antes de ir para o Liceu...
Era aqui que eu, tantas vezes, de regresso das aulas, tinha à minha espera um copo de cevada morninha e umas deliciosas fatias douradas feitas pela Maria, nossa fiel empregada de tantos anos... porque a "menina" era muito biqueira para comer... mas comia muito bem esse lanche!...
Era aqui que vinha, uma vez por semana, a professora de piano Senhora D. Idalina Garcia, para ensinar a arte à "menina" que tinha de ser prendada!...
E era aqui que o Papá se sentava a ouvir-me tocar, fazendo-me repetir até não me enganar ...
Era aqui que, na ampla sala do rés-do-chão, se reuniam, especialmente nas férias grandes, os meus irmãos e os amigos para os campeonatos de bridge, king e crapô...
E foi aqui que assistimos à primeira experiência do som estereofónico proveniente dos discos de 33 rotações, que nos chegava aos ouvidos através das enormes colunas de madeira forradas de pano e estrategicamente colocadas em 2 cantos opostos da sala...
Foi aqui que, tantas vezes o aspirante miliciano Correia, amigo do meu irmão, bateu à porta para cumprimentar a família do colega, jogar crapô comigo... sempre sob o olhar atento da Mamã... e levar emprestados livros da bem apetrechada biblioteca do dono da casa...
Um dia esse amigo bateu à porta e a minha Mãe perguntou à Maria quem era, ao que esta respondeu: é o genro da senhora!... nem sonhávamos que iria ser!
Foi aqui que esse amigo, meu marido, esteve na véspera do dia em que o meu Pai morreu. Nessa tarde a minha Mãe levou-lhes um chá e, ao ver o amigo sentado ao lado da cama onde o meu pai já estava doente há dias, teve um palpite que esse amigo iria ficar na Família... e ficou!... Só o meu Pai já não teve conhecimento disso, pois faleceu no dia seguinte, com uma pancreatite aguda.
Desta vez irei estar com a minha Mãe no dia do seu 94º aniversário, a 30 de setembro.
É aqui que fico quando vou visitar os últimos 2 dos 6 que éramos!
Até breve... e não deixem de me visitar!
Abraço-vos com muito carinho.