sábado, 23 de novembro de 2013

Bolo Gabriel - receita copiada pela minha mãe... há muitos anos!

Este é um dos bolos que a minha mãe costumava fazer.
Não sei por onde copiou a receita, sei que é muito bom
e era o preferido do meu falecido irmão José Manuel.
Na minha última ida a S. Miguel, a minha prima Mª.Manuela 
avivou-me a memória e presenteou-nos com esta deliciosa sobremesa,
depois da excelente torta de bacalhau que serviu ao jantar
e que irei mostrar aqui noutro post, por também ser muito boa.
Aqui vai a receita do bolo, manuscrita pela minha mãe:
4 ovos inteiros (266 g)
o peso de 4 ovos de açúcar (266 g)
o peso de 2 ovos de farinha de trigo (138 g)
sumo de 1 limão
2 colh. chá de fermento royal
Para o xarope:
1 chávena de açúcar
1 chávena de água
sumo de 3 laranjas
 Batem-se as claras em castelo e reservam-se.
 Bate-se o limão com o fermento...
 ... e juntam-se as gemas e o açúcar. Bate-se muito bem e...
 ... depois junta-se a farinha. Continua-se a bater... 
 ... e juntam-se as claras em castelo,
 ... que só se envolvem sem bater.
Vai ao forno (180º) em forma untada com manteiga 
e polvilhada com farinha. Coze durante cerca de 3/4 hora
(mas isto depende do forno).
 Enquanto o bolo coze, leva-se ao lume a água com o açúcar,
só a levantar fervura.
 Deixa-se arrefecer, depois de misturado o sumo de laranja.
 Quando o bolo estiver pronto, ainda na forma...
 ... rega-se muito lentamente até embeber todo o xarope.
Deixa-se arrefecer na forma.
 Ei-lo depois de frio:
 Por fora já se viu que ficou lindo... por dentro... huuummm...
esta delícia!!!
Se vierem depressa... ainda poderei oferecer um pouco!...
 Se demorarem... acontecerá isto:
comemo-lo!!!
O bolo com o xarope é que fica esta delícia, é docinho q.b., 
se o fizerem irão gostar muito, como o José Manuel gostava!
Este foi em memória do meu querido e saudoso irmão.

UM ABRAÇO, HOJE MAIS DOCE!...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A minha geleia de marmelo

Fica assim... mas a dos frascos está menos remexida...
mais bonita!...
Pus as cascas e os caroços dos marmelos a cozer
durante 1 hora e meia.
 Depois de cozidos, escorri, primeiro assim:
 ... mexendo com a colher, mergulhando as cascas no líquido,
 e depois passei para um coador. Fui retirando a polpa, assim,
 até ficar assim:
No final eram 3 litros de líquido, juntei 3 kgs de açúcar, 3 paus de canela,
 3 rodelas de limão sem os caroços,
 e uma pitada de sal.
Mexe-se tudo para misturar bem o açúcar, 
mas depois não é necessário voltar a mexer.
 Depois de levantar fervura baixei o lume.
 Com a concha retirei um pouco de espuma que se forma sempre,
retirei também a canela e o limão...
 ... e experimentei o ponto. Fazia estrada, mas não a desejada.
 Depois de 3 horas a ferver, a geleia reduziu o que assinalo.
Agora, sim, estava pronta e cheirosa!
 Estas coisinhas já arrefecidas são deliciosas!
 Enfrasquei com a geleia ainda quente.
 Enquanto arrefecia fui à varanda ver este lindo fim do dia.
 Isto é o que vejo da parte de trás:
 a majestosa torre da Universidade, agora branca, limpa.
Em baixo, o telhado do mercado municipal D. Pedro V.
 E aqui o resultado da tarefa que me ocupou durante boa parte 
deste lindo dia.
Mas à tarde ainda fizemos uma caminhada pelo Choupal.
Só depois é que limpei os frascos por fora, coloquei os rótulos
e os guardei no armário da despensa.
Estes são os mais vulneráveis a assaltos!...
 UM ABRAÇO

domingo, 17 de novembro de 2013

A minha marmelada

A minha marmelada anterior ficou nos Açores.
Esta, com um pouco mais de marmelos, fica por cá.
A receita da marmelada é quase como as receitas do bacalhau:
pode-se cozinhar de imensas maneiras e todas elas são boas... 
embora algumas sejam melhores do que outras!!!...
Já tentei fazer marmelada na panela de pressão,
por indicação de um amiga. A cozinha ficou de pantanas...
os salpicos que jorraram pelo pivô da panela
chegaram ao teto da cozinha... e ainda apanhei um susto,
além da canseira de ter de limpar tudo muito depressa, 
antes que secasse! Foi cá uma experiência!!!...
Faço a marmelada como sempre vi fazer em minha casa,
 à moda antiga!
Já devem ter reparado que faço muitas coisas 
à moda antiga... não me importo nada se dão mais trabalho!
Também me adapto facilmente às novas tecnologias...
desde que o resultado final me convença realmente!
Voltemos, então, ao século passado:
eu cozo os marmelos com uma pitada de sal,
 depois, com a concha, retiro a água
para a juntar às cascas e caroços que usarei para fazer a geleia.
 Junto o açúcar correspondente ao peso dos marmelos crus,
às vezes deito menos um pouco de açúcar, mas estes marmelos
eram um pouco ácidos e azedos, por isso coloquei 
o mesmo peso de açúcar. Não deitei canela.
 Depois de levantar fervura baixei o lume e fui mexendo 
de vez em quando
para que a compota não pegasse no fundo do tacho.
Quando está pronta (a olho!!!), trituro-a com a varinha mágica
(eis uma bela invenção a substituir o passevite!)
 Fica assim cremosa, brilhante e saborosa.
Deixo-a arrefecer...
 ... recorto umas rodelas de papel vegetal para cobrir as tigelas 
que seguirão para a despensa... até ao próximo assalto!!!
Já comemos dela, com queijo Terra Nostra, da minha terra...
e posso assegurar-vos que está muito boa.
Quem quiser poderá vir cá a casa confirmar!...
Até ofereço também um chá verde da Gorreana!
A geleia já está pronta... mas vai ser agendada para outro dia.

Tenham um resto de dia feliz, doce... e com muita saúde.
UM ABRAÇO

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Como fazer um bolso num casaco de tricô

Como estou a tricotar este casaco, hoje resolvi explicar,
a quem ainda não sabe, como se faz um bolso.
 Quando o casaco estiver pronto mostrarei as várias etapas.
Entretanto explico aqui em fotos como se faz este bolso.
Na altura desejada começamos a tricotar o revesilho.
Com as carreiras desejadas, matam-se as respetivas malhas
e, na fase da foto seguinte, deixa-se tudo em espera, num alfinete.
(prender também o novelo do fio, para que não incomode!)
 Pelo avesso e rente à última carreia do revesilho,
 levantamos o mesmo número de malhas que matámos,
no sítio certo (exatamente por baixo dos mates lá em cima).
 Fica assim:
 Aqui pegamos noutro novelo e tricotamos
 o mesmo número de carreiras até à abertura.
Não é preciso tricotar o motivo da parte de fora porque ficará escondido.
As perfeccionistas poderão fazê-lo!
 Nesta fase, retiramos as malhas em espera e enfiamo-las na agulha, 
juntamente com as do interior do bolso, no sítio óbvio.
 De seguida tricotamos normalmente o casaco, 
agora não esquecendo os pontos do motivo.

 No final cosemos, pelo avesso, os lados do bolso,
de forma a não se verem os pontos.
Logo que acabe este casaco colocarei aqui as fotografias.
É muito fácil... muitas pessoas sabem fazer isto, 
mas sei que quem não sabe irá gostar de ter aprendido.
O que ganho em transmitir o que sei fazer
é a alegria de ter ajudado alguém.
Também gosto muito de aprender, por isso, meninas,
vamos lá a ensinar o que sabem fazer!...
Obrigada pela visita e... pelo comentário!...

E agora que já arrefeceu, vou cobrir com papel vegetal 
as tigelas da marmelada que estive a fazer esta tarde. 
UM ABRAÇO

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O meu pão de hoje (trigo e mistura)

Hoje resolvi fotografar as várias etapas da confeção de um pão. Não que seja melhor do que o das outras pessoas... nada disso... é normal, como tudo o que faço! Fi-lo simplesmente porque a São, por quem nutro uma grande amizade e que faz trabalhos lindíssimos, me pediu. 
Ainda não sei como irá ficar depois de cozido, mas mostrarei o seu interior... que eu acho mais importante do que o seu exterior!!! Tenho pena da tecnologia não conseguir mostrar também o cheirinho e o sabor... mesmo assim há algumas pessoas tão simpáticas que até conseguem cheirar e saborear os meus cozinhados tão singelos, manifestando-o nos comentários tão generosos que me dirigem.
Hoje utilizei alguma farinha própria para a máquina de pão, mas, por hábito, junto sempre uma parte de farinha normal, sem aditivos, para que o pão fique menos salgado e mais a nosso gosto. 
Hoje também não adicionei sementes, mas se o tivesse feito, o pão não perderia a consistência. Ficaria mais rico em fibras, mais nutritivo, com outro sabor... mas gosto de variar!
 O de hoje afinal ficou muito bom!
 A receita vai nas fotos, mas vou escrevê-la aqui de seguida.
1 colh. sopa de óleo de milho
3,5 dls de água morna
250 grs de farinha de pão caseiro
100 grs de farinha de pão rústico
200 grs de farinha de trigo 
1 colh. sopa de farinha de alfarroba
 Eu peneiro sempre tudo para que o resultado seja mais fofo!
 Coloco a máquina a funcionar, até à fase de levedar.
 Como a massa me pareceu demasiado mole,
 acrescentei um pouco de farinha (já incuída na receita).
 A massa ficou com a consistência desejada e deixei-a...
 ... a levedar. Nesta fase retirei-a da máquina...
 ... e dei-lhe umas voltas com as mãos, esticando, dobrando...
até ficar bem macia.
 Coloquei-a no tabuleiro e dei-lhe umas tesouradas,
 Coloquei-a no forno a 50º apenas para levedar,
o que demorou cerca de 1 hora e meia.
 Passei para 200º quando estava bem crescida e deixei cozer
 durante cerca de 30/40 minutos.
 Por dentro: lindo e fofo.
Deste pão congelei 2/3 para o irmos comendo sempre molinho.
Às vezes faço-o só com farinha de trigo normal, ou integral,
ou de centeio, junto fermento de padeiro, sementes, farelos...
Se for de farinha de milho normal, esta terá de ser escaldada,
de contrário o pão ficará duro como uma pedra!...
Também há o preparado de farinha de milho que
não tem de ser escaldado e fica muito bem misturado 
com farinha de trigo.
Sei que não acrescentei nada aos vossos conhecimentos, 
deve haver mestres nesta arte... 
mas este post foi para ajudar a que não desistam de fazer pão.
No início fiz alguns que saíram mal... duros... 
outros assim-assim... agora saem-me como este de hoje, 
outras vezes melhor... mas não desanimem nem desistam!
Eu sei que a São queria a receita do verdadeiro pão caseiro,
feito na masseira... mas a esse eu não tenho acesso,
nem braços para o amassar! 
Façam clic AQUI para verem o blog da Conceição:
tem trabalhos lindíssimos, úteis e feitos com a maior perfeição.
UM ABRAÇO