quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Pano de tabuleiro bordado a richelieu

  Quando cheguei a S. Miguel fui à retrosaria e o que lá encontrei
deu para fazer este post do dia 4.
Ontem acabei a tarefa que me ocupou praticamente os serões.
Fui para a net procurar motivos, mas uns eram muito elaborados,
outros pouco apelativos. 
Eu tinha de escolher um desenho fácil de bordar durante 15 dias
e acabei desenhando eu própria o motivo a bordar.
 Entre vários que desenhei, acabei por escolher este:
 Passei-o para o linho com a ajuda de papel químico e um lápis afiado
 Logo que o acabei fui buscar um prato e passei o desenho dos ligeiros recortes para outro pedacinho de linho. Já comecei e espero acabá-lo antes de regressar a Coimbra, pois quero oferecer um cobre jarras ao primo que nos veio visitar, vindo do Canadá. Tem 83 anos e apreciou a minha habilidade! 
Será mais pequeno e irei bordar no centro a letra M , de Manuel,
em richelieu. Espero acabar a tempo!
O retangular ficará mesmo em casa, porque não tenho muitas peças em richelieu, apenas uma toalha de chá comprada pela minha mãe na ilha da Madeira e que me foi oferecida para o meu enxoval,
há 46 anos!
À máquina teria bordado (se soubesse!!!...) em muito menos tempo!
Mas este bordado feito à mão tem outro valor,
mesmo sendo tão simples como este.
Espero que gostem e que copiem. 
No meu outro blogue
poderão espreitar outro género de fotografias:
as da minha linda ilha!
Obrigada pela visita e comentário! 
UM ABRAÇO

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Prenda recebida... do outro lado do Atlântico!

Ontem fiquei muito contente quando a minha filha me telefonou a dizer que eu tinha recebido uma encomenda. Perguntei-lhe - de quem? Respondeu-me - da Marilda. Desembrulha e manda fotos. Também traz uma carta, disse a minha filha. Respondi-lhe: então lê-ma! Uma ternura em duas páginas de carta manuscritas como antigamente! Lido ao telefone pela minha filha, o manuscrito da minha querida amiga brasileira parecia música nos meus ouvidos.
Marilda Blasse tem um blogue recente, ainda com poucas seguidoras. Aconselho uma visita até lá, onde irão encontrar uma pessoa muito terna, simpática, atenta, doce… enfim, uma pessoa que gostamos de ter como amiga e por quem ansiamos ser abraçadas.
E aqui vai a foto que a minha filha tirou lá em casa, em Coimbra, porque eu estarei aqui nos Açores até ao final deste mês. Os panos são lindos e os aromas da Amazónia, da caixinha de sabonete enviado, irão fazer as minhas delícias quando eu chegar à casa de Coimbra. A minha filha Raquel disse-me que cheiram muito bem! Vou adorar, usar e lembrar-me desta boa amiguinha. 
Sigam o seu blogue... vão gostar! 

OBRIGADA, QUERIDA MARILDA!

Ah! Quando eu regressar irei receber mais uma prenda: 
a minha neta, que entrou na Universidade de Coimbra, na licenciatura de Línguas Modernas ... e irá sentar-se nas mesmas salas e andará pelos mesmos corredores... onde a avó esteve há 48 e depois há 38 anos!…
 Sinto-me muito contente! 
Sinto-me muito feliz!
UM ABRAÇO

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A retrosaria... e o próximo bordado richelieu

Não trouxe para os Açores as minhas linhas para fazer mais um pano de bordado richelieu.
 Esqueci-me! 
Mas aqui também há linhas e o linho já eu tinha decidido comprar cá. Fui à retrosaria da Matriz, conhecida há imensos anos, onde costumo comprar coisas que não encontro em Coimbra e encontrei tudo ao desbarato, não foi bem desbarato: por uma peça que comprássemos davam-nos outra gratuita. Não sabia disso, mas acabei por aproveitar a excelente promoção e trouxe o que precisava… em duplicado! Mas o motivo desta promoção também me entristeceu: vai fechar! Entristeceu-me porque sempre encontrei lá tudo o que precisava para os meus lavores. O nome é Retrosaria da Matriz, mesmo no largo da igreja que lhe sugeriu o nome, perto das portas da cidade. Antigamente atendiam-nos uns senhores, íamos à loja do Silva Pipi! Depois, cá em casa, chamávamos-lhe a loja das meninas tristes, porque as funcionárias, de início jovens, tristes, vestindo batas pretas, foram envelhecendo naturalmente e, com a idade, foram ficando cada vez mais lentas, mantendo o ar triste, arrastando os pesados pés a cada pedido que lhes fazíamos. Agora as meninas são muito atenciosas, sempre prontas a satisfazer os nossos pedidos, 
mostrando um sorriso muito agradável.
Tenho pena que isto vá acontecer. O que irá para ali? Uma tenda de fast food? O que irão fazer aos preciosos armários com portas de vidro que forram todas as paredes? O que irá acontecer às funcionárias tão eficientes? Não sei! Fiquei desapontada… mesmo triste! Se eu morasse cá comprava metade do que vi naquela loja… com lãs, linhas, linhos, fitas, botões, galões, rendas, agulhas, panos, toalhas, roupa interior… eu sei lá que mais!!!
E comprei linho, linhas, tesoura, agulhas...
 apesar de ter aqui uma caixinha de costura com agulhas de tricô, croché e o dedal, além de mais uns coisinhas que eram da minha mãe e me tinham sido já oferecidas, quando foi perdendo a visão.
Vou fazer mais um pano de bordado de richelieu.






E finalizo com outra coisa que me deixou uma saudade: a casa onde eu nasci e vivi até aos 7 anos está assim:
Mas fico contente porque irão manter a mesma fachada!
NOTA: nasci aqui, mas a casa não é minha! Estava em ruínas e não sou eu que a estou a reconstruir! 

O que acontece com as pessoas com muitos anos de vida é isto que aqui hoje relato: veem as coisas antigas ser substituídas por outras modernas, que, provavelmente, não irão durar tanto como as centenárias. Também não faz mal… essas pessoas já não estarão cá para ver!!!
Não se esqueçam de visitar o meu outro espaço:
Já lá está o voo do Porto até Ponta Delgada.
Deem-me essa alegria... que agradeço antecipadamente!
UM ABRAÇO