segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Papas laberças

A minha ascendência paterna é oriunda da cidade Guarda.
A minha avó, que eu não cheguei a conhecer,
 cozinhava muito bem e dela ainda tenho um livro de receitas.
A minha mãe, que conviveu com a minha avó, aprendeu algumas 
que depois me transmitiu. 
O prato que hoje mostro, da  Beira Alta,
foi ensinado pela minha avó à minha mãe
É muito simples e é um dos que às vezes faço, 
porque gosto muito de tudo o que leva milho.
Na foto seguinte o prato é pequenino... e depois de rapar o tacho
eu tinha de saber se estaria bom de tempero!...
Estava!!!
Aqui vai a receita, só para quem gosta:
 cozi couves migadas para caldo verde, com uma pitada
de sal e um fio de azeite.
Num pouco de água fria desfiz umas 4 colheres de sopa de 
farinha de milho de moagem não muito fina (esta é dos Açores)...
 ... e juntei, mexendo sempre, à couve já cozida.
 Continuei a mexer até a farinha cozer, formando uma papa assim:
 Untei com azeite um recipiente largo e verti as papas, 
alisando com o garfo.
 E estavam prontas! 
 Comem-se frias, ou poderão aquecer-se numa frigideira.
Claro que eu não resisti e ainda as provei morninhas!
Este é um bom acompanhamento de peixe.
Neste caso foi cavala escalada em papelote,
que mostrarei depois.
Cá em casa todos gostam, e acaba por ser uma alternativa
 ao arroz, massa ou batatas.

Ah! E este post traz um bónus:
o picô feito por mim num pedacinho de linho muito antigo 
fiado pelas tias do meu marido, em Trás-os Montes.
Também é fácil.
UM ABRAÇO

17 comentários:

  1. Olá, aprendi está receita com minha bisavó portuguesa, colocamos o toucinho ou barriqueira de porco, como ela falava, que na verdade e a gordura da barrica com o couro e comemos no inverno bem quente. Obrigada por me trazer boas lembranças.

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  2. Seu blog é lindo.
    Parabéns.
    beijoca Nilda
    http://meucantin5.blogspot.com.br/

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  3. Também eu, beirão da Beira Alta, de tal papas me recordo desde a meninice.
    Eram habituais em qualquer mesa e aquela bela couve as transformava em manjar.
    Fiquei com apetite...
    Abraço.

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  4. Nossa! Que diferente! parece bem apetitoso!
    Um beijo!
    Sam

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  5. Muito boa sua receita, Teresinha. Sou do Brasil e aqui nossa farinha (conhecida como fubá de milho) é bem amarelinha. Fazemos ela cozida (eu coloco um caldo de carne, alho e azeite), colocamos num refratário e cobrimos com milho a bolonhesa (com tomates e carne de boi moída). Por cima vai mozzarela e orégano! Vou fazer sua receita, pois adoro couve. Beijo!

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  6. Bom dia,Teresinha!!
    seu blog esta uma delicia e seus trabalhos lindos,heheheheh!!
    Beijos e um ótimo dia,
    Sandra Coatti

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  7. Terezinha que legal essa receita! Eu adoro "polenta" como aqui chamamos, mas essa receita com couve é bárbara! vou fazer na próxima vez!

    bjinhos e obrigada

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  8. Vou experimentar a receita Maria Teresa, como prato principal! E por falar nas tuas e minhas origens da Guarda, há uns anos estive lá, e encontrei a rua onde o teu Pai, a minha Avó Cremilde e o Tio Hélio nasceram, por detrás das "Varandas"....... Só não sei em que casa foi!

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  9. Oi Teresinha, não conhecia esta iguaria, fiquei por aqui a lamber os beiços, rsrsrs beijosss!!!

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  10. Eu gosto de farinha de milho cozida com leite e manteiga, assim nunca tinha ouvido falar.
    Vivendo e aprendendo.
    bjoss

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  11. Olá Teresinha

    Como sabe eu sou da Guarda, nascida e criada, por estranho que pareça nunca ouvi falar nesta receita.
    É provável que seja saboroso, mas deve ser bem antiga uma vez que nunca ouvi ninguém falar delas.

    Beijinhos

    Manuela

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  12. Olá Teresinha, no dia 19 de Abril, no Blog de os Forninhenses, foi por mim publicado este tema das papas laberças.. Nós beirões e eu que até pertenço ao distrito da Guarda, não esquecemos.
    Fiquei super contente por aqui trazeres esta maravilha que dava força para minimizar o gelo e a neve.
    Adorei.
    Grande abraço.

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  13. D. Teresinha, achei esta sua receita muito curiosa, pois aqui na Madeira fazemos um prato muito parecido, e o nosso Milho, que se come quente, com peixe, ou frito para acompanahr a nossa espetada!! Era a comida das familias mais pobres, hoje é apreciado por muita gente.

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  14. Olá Teresinha! Conheço uma outra receita com algumas diferenças e com outro nome: Nabos de molho. Mas o princípio é o mesmo: um acompanhamento maravilhoso para os dias de inverno. Também eu tenho costelas da zona de Arganil e vou experimentar as suas papas laberças brevemente! Obrigado

    1 molho de grelos de nabo
    1 cebola
    4 dentes de alho
    1/2 dcl de azeite
    1 folha de louro grande
    2/3 colheres de sopa de farinha de milho
    2/3 colheres de sopa de vinagre de vinho


    Arranjam-se os grelos de nabo: lavam-se e picam-se aos bocados grosseiros e cozem-se com água (apenas a suficiente) e sal.
    Noutro tacho, faz-se um refogado com a cebola bem picada, o azeite, o alho e uma folha de louro.
    Depois de bem refogado, juntam-se os grelos e sua água de cozedura.
    Deixa-se ferver mais uns minutos, junta-se a farinha de milho e deixa-se engrossar por mais 2 minutos.
    Apaga-se o lume e junta-se o vinagre mexendo bem.
    Deve ficar com a consistência parecida com a do esparregado.

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    Respostas
    1. Que pena eu não saber quem é que me escreve!!!
      Mas agradeço na mesma a visita e a boa receita que irei guardar para a fazer em Coimbra, quando houver bons nabos com rama. Com tudo o que leva e pela descrição, sei que irei gostar muito. Obrigada e escreva-me para o meu email que está indicado nos meus blogues.

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