Ultimamente receitas: porquê???

Ultimamente só mostro receitas... aqui segue a explicação: 

tenho de acabar urgentemente este tapete de Arraiolos,

1º. porque já o comecei no século passado
e é urgente terminá-lo;

2º. porque ocupa muito espaço, já não consigo segurá-lo 

e precisa de ser estendido no lugar adequado.

Mas já decidi que não vou ser eu a encher o fundo.

Assim como assim... já fiz a parte principal, mais difícil,

e o trabalho que me deu até a mim me deixa incrédula!!!...

Está quase quase a acabar: só faltam uns pontinhos

e logo a seguir será entregue para conclusão:

encher o fundo e pregar a franja, já está combinado.

Este é o meu cantinho onde, ao serão, faço os meus trabalhos.

 Aqui confunde-se o tapete do chão (também feito por mim)

com o que agora bordo.

 E aqui, como não podia deixar de ser..., a receita

com os restos do milho: foi p'ra dentro desta saudável salada...

 ... para acompanhar este pitéu 100% proibido...
com tolerância zero... 

de meia salsicha fresca com esta "nica" de entremeada,

mas saudavelmente grelhadas!!!...

Depois o médico dá-me um raspanete quando eu lá for 

e disser o nº. de kgs que a minha inimiga balança indica!!!

O esforço que faço com o tapete merece uma infração!

UM ABRAÇO.

Lulas exóticas com milho

 Gosto muito de cozinhar, 

por isso gosto de ter em casa o que acho essencial para isso: 

cebolas e alhos!

Hoje, destes, só usei alho, mas a comida ficou tão boa!...

E passo a explicar como confecionei este prato rápido,

inspirado num salmão que comi, há dias, num restaurante,
mas com estas minúsculas lulinhas!

1º. fiz o acompanhamento com isto,
que se come nas nossas ilhas: milho.
Este é de moagem mais miúda do que a dos carolos,

 que eu já aqui mostrei no blogue.

Levei ao lume cerca de 3,5dl de água com meio cubo de caldo de carne.

À parte desfiz 4 colheres de sopa de sêmola de milho e

e juntei ao caldo, mexendo sempre...

... até cozer. Também juntei 1 fl de louro.

Depois de cozido, durante 10m, fica com a consistência de uma papa.

Verti num recipiente fundo e deixei arrefecer.

Numa frigideira inox deitei 2 colh. sopa de azeite, 

2 dentes de alho picados e 1 colh. de café de gengibre ralado.

Sempre mexendo, lulinhas lá p'ra dentro. 

Cozinhei até evaporar quase toda a água que delas saiu.

Nessa altura temperei com 2 frutinhos de cardamomo,

1 colh.chá de tandori masala e 1 colh. café de açafroa,

que mostro a seguir,...

... juntei 2dl de natas de soja e deixei cozinhar até engrossar.
Depois de frio, o milho fica duro e cortei-o aos cubos,
acompanhando as lulinhas com o molho muito saboroso.
Como eu costumo dizer:
é muito bom... para quem gosta!!!
Eu gosto muito!!!

OBRIGADA PELAS VISITAS, COMENTÁRIOS
E FELICITAÇÕES PELO MEU ANIVERSÁRIO.
BEIJOS

Coincidências - 22 / 44 / 66

Hoje faço 66 anos.
Casei-me há 44... no dia em que fiz 22.
Aqui são apenas números...
Há tão pouco tempo publiquei as fotografias do casamento...
e este ano passou de repente!
É assim nesta idade!...
Quando se é jovem é que parece que o tempo não passa.

44 anos de casamento são bodas de carbonato... imaginem!
E o casal agora é assim:

A perícia da fotógrafa (!!!) e o ar meio esbodegado dos modelos
não permitiram que eu encontrasse melhor fotografia para vos mostrar!
Vai mesmo esta! Somos mesmo assim!
Gostamos de passear, explorar o nosso país,
agora tão tristonho, mas tão bonito,
e penso que não haverá recanto por onde não tenhamos já passado.
Com alguma razão nos chamam papa léguas!
Cá nos vamos aguentando até que as forças se esgotem.
E este é o meu post de hoje!
Não mostro trabalhos, mas mostro que, ao longo destes anos,
fui uma mulher privilegiada,
porque tive este Homem sempre comigo,
nas alegrias e nas tristezas, na saúde e na doença e, espero,
todas as horas do resto das nossas vidas.
Hoje sou assim:

Envio um especial agradecimento a todas as pessoas que aqui me têm  feito companhia e me têm dedicado tanto carinho, simpatia e amizade, dando-me o ânimo de que preciso para aqui continuar.
O MEU ABRAÇO MUITO APERTADO PARA TODAS

Línguas de bacalhau com massa

Ultimamente, das minhas mãos têm saído quase só receitas!

Temos de comer... o tempo está de chuva... 

e apetece comida de panela, como diziam os meus filhos, 

quando estavam a meu cargo! 

Naquele tempo, na correria diária e com 3 crianças, 

ao almoço as refeições eram preparadas muito rapidamente... 

e por mim!...

 Eu fazia bifes, filetes... com acompanhamentos de rápida confeção.

Ao jantar, então já tinha tempo de fazer assados, guisados... etc.

Agora cozinho apenas para o velho casal aposentado! 

Mas confesso que, 

por motivos de saúde (eu diria de doença!), 

tenho de excluir imensos alimentos que faziam as nossas delícias! 

Mesmo com proibições, acabo por ter de infringir normas!...

Hoje não infringi:

 línguas de bacalhau guisadas com cotovelinhos. 

Acho que isto não faz mal a ninguém...
e não está na lista negra!!!

 Levei ao lume, num fio de azeite: cebola, alho, polpa de tomate, pimentos, salsa, fl de louro e pimenta. Acrescentei água a ferver, juntei 1/4 de fatia de presunto fininho (evitável... mas não resisti!), as línguas de bacalhau já  bem demolhadas e deixei cozinhar durante 20 minutos. Juntei massa de cotovelinhos, ajustei a medida da água e deixei cozinhar até a massa ficar a meu gosto: nem al dente, nem empapada. 

Estava muito boa!

Façam!

Um abraço e obrigada por me darem atenção.

Massa chau-min de porco e camarão

  Quando nos juntamos todos já somos 15. 

As refeições têm de ser fáceis, saborosas e do agrado de todos!

Desta vez a opção foi esta, cozinhada neste enorme wok de ferro.

Como vivi 7 anos em Moçambique, aprendi a cozinhar pratos africanos, chineses, indianos...

De todos os pratos exóticos que confeciono,
este é o que mais agrada cá em casa,

do mais pequeno ao mais velho.  

 Começo por cozer (al dente) a massa chinesa (noodles),
esticando-a com um garfo para que fique solta. Reservo a água.

 Umas horas antes já tinha temperado, separadamente, o lombinho de porco cortado em pedacinhos finos e os camarões descascados, com: molho de soja, óleo de ostra e miso (pasta) e depois cozinho assim:

1º. coloco óleo de sésamo (pode ser azeite) no wok, deito um pouco de gengibre ralado e alho laminado, salteio a carne e retiro-a para um recipiente. Acrescento um pouco de óleo e salteio os camarões, reservando-os misturados com a carne. Acrescento mais um pouco de óleo...

 ... e coloco os ingredientes que aqui se veem e que refiro na foto mais abaixo.

Salteio-os, não os deixando cozinhar demais, acrescento rebentos de soja (de lata se não houver frescos) e água de cozer a massa.

 Junto a carne e os camarões, envolvendo tudo e, finalmente, a massa.

Retifico os temperos e desligo o lume. Volto a ligar mesmo antes de colocar na travessa.

E é assim que faço este prato oriental...

embora, por vezes, lhe faça alterações conforme o que tenho na despensa.

Os ingredientes e os temperos são basicamente estes (não tinha bambu), mas cada pessoa poderá dar o seu cunho pessoal a um prato que acaba por ser bem simples de cozinhar e bom...

para quem gosta!

Isto é muito conhecido, mas depois digam-me o que acharam da minha versão.

UM ABRAÇO.



Como está o meu tapete de Arraiolos

É nesta fase que ainda vai este meu trabalho,

cujo fim vislumbro muito distante!...

Regressou às minhas mãos por acidente!

Num dia de chuva torrencial e ventos fortes e no intuito de fechar a persiana, reparei que tinha entrado água pela fresta da velha janela do quartinho minúsculo onde tenho a máquina de tricotar e onde guardo lãs e trabalhos mais volumosos, como este. Não cheguei a tempo: a água que entrou era pouca, mas suficiente para molhar o saco,  com algum buraquinho, onde o tapete estava guardado, humedecendo-o ligeiramente.



 Estendi, então o tapete na sala onde passo os serões e depois de seco resolvi deitar-lhe mãos, agora com forças renovadas.

Mas antes disso ainda tenho de contar: o meu marido tinha ido a uma conferência e não almoçava em casa. Para mim havia sopa e restos de véspera!

Como a tarde foi de lindo sol, arregacei as mangas, retirei tudo o que estava junto da miserável janela, raspei a tinta velha, embetumei, tapei buracos e por fim pintei,

deixando-a como nova! Acabei fazendo ainda umas cortinas novas e forrando umas prateleiras, pondo ordem no cubículo!

Quem teve forças para recuperar uma janela, numas horas, por certo também terá para acabar esta imponente obra...
assim espero!

 Já está tão pesado... nem sei quanto pesa, só vos digo que mede 2,85 x 1,95 metros, sem franja... e ainda a procissão vai no adro!!!

Já fiz um outro grande com 2,5 x 1,5 metros... há 18 anos!...

Agora estou na fase de encher os motivos, que são sempre bordados 4 vezes. Quando interrompo tenho de deixar uma marca e anotar... de contrário ficaria completamente desnorteada! 

Esta flor amarela foi trabalho recente e agora resolvi colocar no meu plano de tarefas diárias  1 hora para o tapete... enquanto lhe posso pegar. Desconfio que não o conseguirei levantar do chão quando estiver a preencher a parte clara do fundo!

Se não conseguir, terei de mandar fazer essa parte...
coisa que me iria deixar triste!...

Hoje poderia ter ido à TVI, ao programa do Manuel Luís Goucha/(Cristina Ferreira), não fossem os compromissos familiares desta época. Ainda bem que declinei o convite,

pois o meu marido hoje ficou de molho... engripado!

Fui convidada para ir falar sobre o folar de carne que a tia do meu marido fazia, em Trás-os-Montes, cuja receita coloquei aqui no meu blogue... mas fica para outra oportunidade e outro tema. Afinal eu sou uma transmontana adotada... percebo mais de

massa sovada, malassadas e cozido das Furnas,

da linda ilha que me viu nascer,  S. Miguel, nos Açores!

Também já tinha recebido um convite para ir à SIC, ao programa da Júlia, mostrar e falar de naperons, mas também não pude ir.

 

Uma santa páscoa para todas as minhas amigas e seguidoras.

OBRIGADA.



O meu soufflé de bacalhau

Hoje vou explicar-vos a receita do nosso almoço.

Antes fui à net tirar dúvidas sobre o béchamel e o molho branco. Apurei que são quase iguais, mas aprendi, já não sei onde, que eram ligeiramente diferentes.

Para mim, molho branco é feito com manteiga, farinha e leite; no béchamel o leite seria substituído por caldo de legumes ou/e carne. A ambos os molhos poderão ser acrescentados vários temperos a gosto, como sal, pimenta, etc....

 A diferença que encontrei na busca que fiz na net,

 para mim só deu ideias!

Usei 1 posta de bacalhau já demolhado e cozi-o em água temperada com 1 pitada de pimenta cayenne, 3 dentes de alho picados com a casca, 3 sementes de cardamomo picadas, 1 pitada de açafroa e 1 pedrinha de sal.

 Enquanto fiz o béchamel com 1 noz de manteiga
e 2 colh. sopa de farinha de trigo,

deixei arrefecer o bacalhau fora da água.

 Alourada a farinha, deitei 1 pouco de azeite e mexi até...

 ...acrescentar 1 pouco de leite...

 ... e depois 1 pouco da tal água da cozedura do bacalhau,
coada como aqui mostro.

 Mexendo sempre até ficar assim, retirei do lume e deixei arrefecer.

 Entretanto desfiei o bacalhau...

 ... e juntei-o ao preparado já morno.

Juntei também 2 gemas e mexi tudo.

 Por fim juntei 2 claras em castelo,
apenas envolvendo com movimentos suaves. 

 Levei ao forno já a 180º em recipiente untado com manteiga,

durante cerca de 30 minutos.

 Comêmos assim, com salada, pikles e azeitonas

e podem acreditar que estava muito bom.

Pelo menos foi a opinião do meu marido, confirmada por mim!

Acho que é uma boa ideia para a 6ª. feira santa,

mas amanhã iremos comer outro prato de peixe.

Um abraço e obrigada por me prestarem atenção!

A quem me visita... desejo uma páscoa bem doce.

Eu continuo à espera

que o coelhinho da páscoa ponha um ovo!!!

E vocês?

Blusa de tricô para rapaz

Mais uma camisola tricotada na singer solo.

Com ela, o meu neto Hugo, que completa hoje 8 anos.

 O fio era pouco, não sobrou nem uma pontinha,

por isso as mangas não puderam ter mais uns 2 centímetros...

ficariam melhor um nadinha mais compridas.

Assim dá só para este ano e depois a avó tricota outra!

Apesar do decote ser em V, coloquei um botão no  revesilho do pescoço.

Apenas os revesilhos foram tricotados à mão, com 2 agulhas. 

Continuo na fase dos tricôs,

quase a acabar um casaco para o neto mais pequenino.

E terei de o acabar rapidamente, 

porque o netinho está a crescer também rapidamente!

Abraço quem me visita.

Para o cesto do pão ou para cobrir uma jarra - bordado a hardanger

Mais um pano bordado a hardanger,

 desta vez para experimentar outros pontos.

Tenho andado a fazer outros trabalhos, 

ando um pouco afastada do blogue, mas não quero parar...

por enquanto!

Vejo novas seguidoras e agradeço o carinho

de quem deixa palavras de alento.

Um abraço.

Camisola de tricô para menina / smock-frock for a baby girl

Uma pequena amostra desta boneca:

a minha netinha Beatriz, exibindo a camisola que a vovó fez. 

Ficou muito contente porque não a "herdou" de ninguém!

A vovó fê-la de propósito para ela !!!

Esta camisola foi tricotada na máquina singer solo.

Dela saiu o que mostro a seguir, aqui ainda sem as mangas,

que só costumo tricotar depois de pronta a parte do corpo,

 para melhores resultados no que toca a medidas.

Apenas os revesilhos foram tricotados à mão 

e todo esse processo manual ainda demora algum tempo.

Nas camisolas assim de decote redondo para crianças

 costumo deixar uma abertura no ombro, onde depois prego botões.

 Para quem tem esta máquina coloco aqui o esquema que sigo

e que guardo para um próximo trabalho.

Agora tenho de tricotar mais blusinhas...
pois com 3 anos tenho 3 netos... e outro com 1 ano!
O neto de 8 anos tem uma na forja... começada há tempos!
As 2 netas mais velhas vão usando as camisolas vintage da avó!
Se gostaram... digam!
Ah!
No português de Portugal camisola é isto que aqui mostro
e não significa camisa de dormir!!!

Um abraço.

Pano de tabuleiro bordado a hardanger ( como bordar ) parte II

Como já repararam... a 2ª parte vem antes da 1ª.
É assim... nos blogues!!!

Vamos continuar a bordar:

E ficou pronto!

Não quis bordar mais nada. Estes panos levam depois coisas em cima...

chávena de chá, tacinha com biscoitos, cálice de licor...

assim já chega!...

 Espero ter ajudado quem se quiser aventurar num bordado simples,

bonitinho... e que também pode dar para uma prendinha funcional.

A qualidade das fotografias deixa muito a desejar!...

Conforme a luz, ficaram claras, algumas tremidas,

mas dá para perceber a razoável qualidade do bordado...

 e a completa inabilidade da artesã no que toca à arte fotográfica!

Obrigada por me prestarem atenção.

Um abraço e... bom trabalho!